quarta-feira, 30 de março de 2011

Projeção de inflação cresce para 5,6% em 2011


Subiu nesta quarta-feira a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feita pelo Banco Central e divulgada por meio de um relatório da inflação do primeiro trimestre.

Na previsão feita em dezembro do ano passado, a inflação iria se manter por volta de 5% em 2011. Mas no documento divulgado nesta quarta-feira, a expectativa subiu para 5,6%. Mesmo o Banco Central apresentando um avanço na expectativa do índice, o resultado ainda apresenta uma inflação menor que a prevista pelo mercado financeiro. De acordo com os economistas dos bancos, o IPCA deve ficar em torno de 6% este ano, e para 2012 em 4,9%.

Nas projeções dos economistas das instituições financeiras, consideradas mais factíveis, o chamado "cenário de mercado" prevê aumento de 5,6% para o IPCA deste ano, ante o 4,8% registrado em dezembro do ano passado. Para 2012, a projeção subiu de 4,5% para 4,6%.

No chamado "cenário de referência", a projeção do índice para 2011 passou de 5%, de dezembro de 2010, para 5,6% no relatório de inflação de março divulgado hoje. Neste cenário a expectativa de economistas do mercado financeiro não é levada em consideração. O mercado prevê que os atuais juros de 11,75% ao ano irão avançar até 12,25% ao ano até o fim de 2011.

Ao subir os juros, o Banco Central contribui para que haja uma redução do nível de crescimento da economia. Nesta quarta-feira, a instituição informou que, em nível de atividade, os custos serão "demasiado elevados" para se evitar que os efeitos primários do choque de oferta, que atinge diretamente a economia brasileira, alavancassem a inflação para um nível acima do valor central de 4,5%.

Contudo, a instituição financeira avalia que a demanda doméstica, apesar de incerta, está em "expansão moderada" e tende a ser acentuar por conta das ações já implementadas, como o aumento compulsório de dezembro e da taxa de juros em janeiro e março deste ano. "Nas atuais circunstâncias, a boa prática recomenda buscar uma convergência (para o centro da meta de inflação, de 4,5%) mais suave da inflação para a trajetória de metas, à semelhança de estratégia adotada no passado pelo Banco Central", justificou o Banco Central.

Redação SRZD